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Coroação Pontifícia

A Coroação Pontifícia da imagem de Nossa Senhora do Amor Divino, padroeira da Diocese de Petrópolis, acontecerá no dia 14 de novembro, às 15h, no Santuário em Corrêas. A confirmação e anúncio da data foi feita na Carta Pastoral de Dom Gregório Paixão, OSB, publicada na manhã de hoje e encaminhada ao clero diocesano e a todo povo de Deus da Diocese de Petrópolis.

Com esta coroação, a devoção a Nossa Senhora do Amor Divino passa a ser reconhecida em toda a Igreja. Na Carta Pastoral, lembrando as palavras de Dom José Marcondes Homem de Melo por ocasião do 25º aniversário da Coroação Pontifícia de Nossa Senhora Aparecida. Dom Gregório Paixão afirmou que a coração da Padroeira da Diocese de Petrópolis “significa que a Santa Igreja aprova solenemente o culto de veneração, de piedade e de confiança que os fiéis de longa data tributam a essa imagem, simbolizando sua aprovação com a coroação da veneranda imagem”.

O bispo da Diocese de Petrópolis conclama todo o povo de Deus e as pessoas de boa vontade a acompanharem a coroação da imagem de Nossa Senhora do Amor Divino, frisando que será um momento histórico. A coroação será transmitida pelas redes sociais do Santuário de Corrêas e também por uma rede de tv. Na Carta Pastoral, Dom Gregório Paixão lembra que desde 1751 existe a devoção a imagem de Nossa Senhora do Amor Divino.

 

O bispo diocesano convida todos a participarem da preparação para solene Coroação Pontifícia, no tríduo que acontecerá em todas as 47 paróquias da Diocese nos dias 11, 12 e 13 de novembro. No dia 14 acontece a coroação e nos dias seguintes a Imagem Coroada de Nossa Senhora do Amor Divino percorrerá toda a Diocese.

Programação (COROAÇÃO PONTIFÍCIA – Programação):

⇒ Decanato Nossa Senhora do Amor Divino (distritos de Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Areal e as paróquias de Inconfidência (Paraíba do Sul) e Bomposta (Três Rios):
Santuário de Corrêas, dia 15 de novembro. Às 18 horas a imagem seguirá para a Catedral;

⇒ Decanato São Pedro de Alcântara (Primeiro e segundo distrito Petrópolis):
Catedral, dia 16 de novembro. Às 18h a imagem seguirá para Magé;

⇒ Decanato São José de Anchieta (Magé e Guapimirim):
Matriz de Nossa Senhora da Piedade, dia 17 de novembro. Às 18h a imagem seguirá para Teresópolis;

⇒ Decanato Santa Teresa (Tersópolis):
Matriz de Santa Teresa, dia 18 de novembro. À 18h a imagem retornará para o Santuário de Corrêas;

⇒ Visita à antiga Capela de Nossa Senhora do Amor Divino (Capela do Padre Corrêa):
19 de novembro, pela manhã;

⇒ Visita ao Seminário Diocesano:
19 de novembro, pela tarde.

Imagens coroadas no Brasil

A Coroação Pontifícia é um ato no qual uma Imagem de Nossa Senhora, à qual está ligada uma importante devoção, é canonicamente coroada pelo próprio Santo Padre ou por um bispo delegado por ele, que fará todos os atos em nome e com a autoridade do Papa. A Santa Sé concedeu, dia 13 de fevereiro, essa graça à histórica e Milagrosa imagem de Nossa Senhora do Amor Divino, venerada no Santuário de Corrêas.

No Brasil algumas imagens de Nossa Senhora já receberam essa graça do Sucessor de Pedro. A imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 1904; a imagem de Nossa Senhora do Carmo, de Recife, em 1919; a imagem de Nossa Senhora do Pilar, de São João Del Rei, em 1954 e a imagem de Nossa Senhora do Carmo, de Mariana, em 1961. A histórica imagem de Nossa Senhora do Amor Divino, agora também goza desta especial condecoração.

O que é uma Coroação Pontifícia? É o reconhecimento que o Papa faz de uma devoção Mariana, ligada a uma imagem, venerada em uma região. Com esse ato, aquele título mariano e a sua devoção ficam expandidas para todo o mundo católico. A Diocese de Petrópolis recebe do Papa um incentivo a incrementar a Devoção à Santíssima Virgem, venerada nestas terras desde 1751.

História da Imagem de Nossa Senhora do Amor Divino

A estrada aberta na Serra da Estrela, no século XVIII, atraiu para a região serrana o casal português Manoel Antunes Goulão e Caetana de Assumpção, com sua filha única Brites Maria de Assumpção. Em terras vizinhas à da fazenda do referido casal, no Rio da Cidade, vivia o jovem Manoel Correa da Silva, português, solteiro, que se casou com Brites, dos quais nasceram seus filhos. Toda a família era devota de Nossa Senhora do Amor de Deus.

Manoel Antunes Goulão pediu licença à Câmara Eclesiástica do Rio de Janeiro para edificar uma capela, em sua fazenda, dedica à Nossa Senhora do Amor de Deus. Obtida a licença, a capela foi construída e inaugurada em 1751. A fazenda tornou-se próspera, a capela muito frequentada, a proteção de Nossa Senhora era abundante e os primeiros milagres, pela intercessão de Maria, foram acontecendo. Por volta de 1782, Manoel e Brites resolveram mudar a sede da fazenda para o local onde hoje se encontra o Colégio Padre Correa. Foi nesse local que o Padre Correa, nascido em 1759, filho legítimo de Manoel e Brites, construiu a capela dedicada a Nossa Senhora, dando-lhe o título de Capela de Nossa Senhora do Amor Divino.

A cerca de um quilômetro da Capela do Padre Correa existia uma outra, iniciada no século XIX, que passou por várias mudanças estruturais ao longo das décadas, sendo sua última obra datada de 1930. Para ela foram levados o antigo retábulo e o altar da capela construída pelo Padre Correas, assim como a imagem de Nossa Senhora do Amor Divino.

Os anos passaram e Dom Manoel, Pedro da Cunha Cintra, primeiro bispo de Petrópolis, trazia no coração um grande sonho: construir o Seminário Diocesano da recém-criada Diocese. Sabendo dos milagres realizados pela intercessão de Nossa Senhora do Amor Divino, foi visitar a capela a ela dedicada. Diante da imagem se ajoelhou e pediu o milagre da construção, no que foi atendido prontamente.

Muitos outros milagres aconteceram por intercessão de Nossa Senhora do Amor Divino, e o povo de Deus não se cansa, até hoje, de pedir sua intercessão, vendo alcançadas abundantes bênçãos. Graças a estes feitos a Diocese de Petrópolis e seu Seminário tem Nossa Senhora do Amor Divino como mãe e excelsa padroeira. Por sua vez, a capela onde se encontra a imagem da Virgem do Amor Divino passou a ser paróquia em 1960 e santuário diocesano em 2011.

Fonte: Diocese de Petrópolis