E o encerramento dessas 40 horas de Adoração aconteceu a Santa Missa ás 22 horas da última terça-feira, 01/03/2022.
A Tradição:
O povo de Deus passou QUARENTA ANOS no deserto, organizando-se, lutando, perdendo e vencendo, até caminhar para conquistar a terra da promessa. Os QUARENTA DIAS e o deserto, na Bíblia, são um baú de recordações. Não são simples contagem de dias nem lugar geográfico, mas “tempo e lugar teológicos”. É aí que João Batista se apresenta pregando a chegada do “forte”, aquele que vai vencer o mal. João Batista se apresenta no deserto em oposição a Jerusalém e ao templo, sede do poder econômico, político e religioso da época.
Jesus inaugura novo e definitivo êxodo, concretizado em sua pregação e prática. Os QUARENTA DIAS recordam o tempo que durou o dilúvio, depois do qual surgiu a humanidade renovada na pessoa do justo Noé; lembram também os dias que Moisés permaneceu no monte Sinai para receber a aliança; fazem pensar ainda nos QUARENTA DIAS que Elias permaneceu na montanha, depois dos quais provoca mudanças radicais no Reino do Norte. Todos esses aspectos repercutem na apresentação de Jesus: com ele tudo recomeça (como em Noé), chega a nós a Nova Aliança (a antiga veio por Moisés) e aproxima-se a mudança radical (superior à de Elias). È com este espírito que a Igreja, em sua sagrada liturgia, reservou QUARENTA DIAS para os exercícios quaresmais nos favorecerem a preparação da Páscoa. QUARENTA HORAS DE ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO: uma inspiração de um tempo teológico.